Ameaçado, governador Witzel tenta suspender processo de impeachment na Assembleia do Rio

O governador Wilson Witzel (PSC) foi citado oficialmente nesta terça-feira, 23/6, sobre a abertura de processo de impeachment pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O procedimento foi recebido pelo advogado de defesa de Witzel, Manoel Peixinho, que terá dez sessões parlamentares para apresentar argumentos que derrubem a denúncia.
Antes de receber "ato de citação" pela Procuradoria da Alerj, o advogado de defesa entregou à Casa um pedido para que o processo de impeachment aceito pelos parlamentares seja suspenso. A defesa alega, principalmente, dois motivos para a interrupção do processo:
Não foram incluídos na denúncia os documentos dos inquéritos no Superior Tribunal de Justiça que envolvem Wilson Witzel - e que embasam o pedido de impedimento do governador. O rito também não foi definido formalmente.
Em nota, a Alerj informou que o pedido apresentado pela defesa do governador para a suspensão de prazos e esclarecimento do rito será encaminhado para a Procuradoria da Casa. Depois, a própria Procuradoria irá emitir parecer sobre a solicitação.
O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), destacou que "o direito a ampla defesa será sempre respeitado no parlamento".
O QUE DIZ O PEDIDO DE IMPEACHMENT
1- Compra de respiradores no combate ao coronavírus com suspeita de superfaturamento
2 - Construção dos hospitais de campanha, cuja licitação é investigada
3 - Suposto vínculo de Witzel com o empresário Mário Peixoto
4 - Parecer do TCE pela rejeição das contas de 2019 do governo Witzel
5 - Revogação da desqualificação da OS Unir Saúde, que seria ligada ao empresário Mário Peixoto e está sob suspeita do Ministério Público Federal