Covid-19: Ministério da Saúde libera protocolo que libera uso de cloroquina até em casos leves

Como defendia o presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde editou nesta quarta-feira, 20/5, novo protocolo para tratamento de pacientes com Covid-19, autorizando o uso da cloroquina e hidroxicloroquina. O texto do ministério diz que o medicamento pode ser prescrito em todas os estágios da doença. Até então, o ministério só havia autorizado para pacientes em estado grave.
Agora, a cloroquina também pode ser indicada para pacientes apenas com sintomas leves de contaminação.O uso do medicamento ficará sob a responsabilidade do médico e precisa ter a concordância do paciente.
"Apesar de serem medicações utilizadas em diversos protocolos e de possuírem atividade in vitro demonstrada contra o coronavírus, ainda não há meta-análises de ensaios clinicos multicêntricos, controlados, cegos e randomizados que comprovem o beneficio inequívoco dessas medicações para o tratamento da Covid-19. Assim, fica a critério do médico a prescrição, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, conforme modelo anexo", diz o texto.
O protocolo diz ainda que o "uso das medicações está condicionado à avaliação médica, com realização de anamnese, exame físico e exames complementares, em Unidade de Saúde".
A seguir algumas das orientações do protocolo:
1. Apesar de serem medicações utilizadas em diversos protocolos e de possuírem atividade in vitro demonstrada contra o coronavírus, ainda não há meta-análises de ensaios clinicos multicêntricos, controlados, cegos e randomizados que comprovem o beneficio inequívoco dessas medicações para o tratamento da Covid-19. Assim, fica a critério do médico a prescrição, sendo necessária também a vontade declarada do paciente, conforme modelo anexo.
2. O uso das medicações está condicionado à avaliação médica, com realização de anamnese, exame físico e exames complementares, em Unidade de Saúde.
3. Os critérios clínicos para início do tratamento em qualquer fase da doença não excluem a necessidade de confirmação laboratorial e radiológica.
4. Contra-indicações absolutas ao uso da hidroxicloroquina: gravidez, retinopatia/maculopatia secundária ao uso do fármaco já diagnosticada, hipersensibilidade ao fármaco, miastenia grave.
5. Não há necessidade de ajuste da dose de hidroxicloroquina para insuficiência renal (somente se a taxa de filtração glomerular for menor que 15) ou insuficiência hepática. O risco de retinopatia é menor com o uso da hidroxicloroquina.