Publicado 13/07/2016 18:25:19

Morre a musa do jazz capixaba, a friburguense Ester Mazzi

Ester Mazzi era idolatrada no Espírito Santo

Ela não era conhecida em sua terra natal, Nova Friburgo, mas, em Vitória, capital do Espírito Santo, era idolatrada. Em terras capixabas, Ester Mazzi era conhecida como a "musa do jazz".

Cantora e compositora conhecida pelo timbre único de voz, a friburguense Ester Mazzi, faleceu aos 71 anos, em Vitória, na madrugada da última segunda-feira, 11. Ela tinha mais de 40 anos de carreira e gravou cinco discos, o último deles “Filigrana”, lançado em 2010. Além do trabalho de 2010, sua discografia já conta com “Explicação” (1990), “Notícias de Paris” (1992), “Tardes” (2003) e “Olhos de Mar” (2005).

Nascida em fevereiro de 1945, em Nova Friburgo, Ester foi para o Espírito Santo aos três anos de idade. Segundo o jornalista e agitador cultural Rubinho Gomes, Mazzi foi um grande talento. “Ela era uma referência e uma pessoa que viveu intensamente a música, sobretudo a música produzida no Estado”, ressalta.

Ela era considerada pelo músico João Gilberto “a voz mais caliente do Brasil”. Pelas redes sociais, amigos e fãs da obra da cantora prestaram suas homenagens à musa do jazz. Para o subsecretário de Cultura do Estado, José Roberto Santos Neves, Mazzi “é a voz do jazz e do samba-canção capixaba: intimista, elegante, sofisticada. Ouvi-la cantando é a melhor forma de homenageá-la”, recomenda.
Para o pianista Pedro Alcântara, que regravou o clássico “Notícias de Paris” no disco “Alma Capixaba”, a cantora era uma “figura ímpar de talento único”.