Computação na Nuvem - o que é, tipos, vantagens e desvantagens
Como no último artigo prometi falar mais sobre nuvem, vamos começar entendendo de onde veio esse termo.
Para a matriz de uma empresa se conectar a uma filial via Internet, deverá ser contratada uma conexão entre a matriz e um provedor local. Este provedor local provavelmente estará ligado a uma operadora de telefonia, que talvez esteja ligada a uma outra operadora, que talvez também esteja ligada a outro provedor, até chegar ao destino, que seria a filial.
Quando um técnico for desenhar essa estrutura, irá abstrair essa sequência de links entre matriz e filial. Não há necessidade de detalhar esse encadeamento de provedores e operadoras, apenas saber que existe algo entre uma ponta e outra. Sendo assim, fará um desenho de dois computadores, representando matriz e filia, ligados a uma nuvem como mostrado na imagem.
Essa é a origem do termo “computação em nuvem”. Significa que você não precisa saber (muitas vezes nem tem como descobrir) onde realmente estão seus dados ou servidores. Eles podem estar até em outro país, o que pode acarretar em dificuldades jurídicas caso aconteça algum tipo de incidente.
Para entender melhor esse conceito de nuvem, vamos ver cada tipo separadamente. Como tudo na área tecnológica, seus nomes são verdadeiras sopas de letrinhas, mas a ideia por trás são simples:
SaaS (Software as a Service - Software como um Serviço)
Este tipo de nuvem é o mais utilizado, principalmente por pessoa física. Temos diversos exemplos, como o Google Drive que comentei no artigo anterior, Dropbox, Gmail, Outlook, e etc. Utilizando esses serviços, estaremos deixando nossos dados em algum lugar do planeta Terra.
Não precisamos nos preocupar com o desenvolvimento do programa, nem com atualizações. Simplesmente utilizamos, podendo ou não ser cobrado um valor sobre seu uso.
PaaS (Platform as a Service - Plataforma como um Serviço)
Seria um meio termo entre o SaaS e o IaaS que falaremos em sequência. No caso do PaaS, não apenas utilizamos um programa já pronto como no modelo anterior.
A contratação de um serviço PaaS significa ter uma infraestrutura para desenvolver seus próprios serviços. Não chegamos a ter que nos preocupar com instalação de sistema operacional, manutenção de hardware, e diversas outras atividades.
A Microsfot e o Google oferecem esse tipo de serviço, que pode trazer uma boa economia para uma empresa que quer oferecer um serviço, mas não tem recursos financeiros ou humanos para isso.
IaaS (Infrastructure as a Service - Infraestrutura como um Serviço)
Esta última modalidade é quando temos um servidor completo na nuvem. Neste caso, precisamos cuidar desde a instalação do Sistema Operacional, até a configuração de tudo o que será executado neste “computador”. Claro que é mais trabalhoso, necessita de pessoal mais qualificado, porém oferece mais versatilidade. Mesmo assim, ainda é mais econômico do que ter toda uma infraestrutura dentro da própria empresa, para manter tudo funcionando, como nobreaks, ar condicionado, e etc.
Já ouvi várias vezes que a principal característica de um serviço na nuvem é o fato de poder ser acessado de qualquer lugar. Essa é uma característica intrínseca, mas podemos ter o mesmo efeito configurando nosso roteador ou firewall, para permitir acessos externos direto no nosso computador de casa ou do trabalho.
Eu diria que a principal vantagem é a economia, pois usar algum serviço em nuvem é compartilhar recursos com outros usuários.
Como desvantagem, enxergo o fato de seus dados estarem fora dos seus domínios, e dificilmente saberemos exatamente quantas e quais pessoas possuem acesso a nossas informações.
Apesar de ainda poder citar outras vantagens e desvantagens, acho que já passei um pouco do que é Computação na Nuvem e seus tipos. Devemos então levar isso tudo em consideração na hora de planejarmos a estrutura de TI da nossa empresa, avaliando a relação custo X benefício, e assim poder optar por deixar nossos dados e serviços dentro da nossa, ou então utilizarmos uma dessas modalidades de serviços.
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