Filmes da semana 05/08 até 11/08

Estreia nos cinemas esta semana o aguardado Esquadrão Suicida. É incrível como a DC Comics que criou uma legião de personagens interessantes, dúbios e com histórias empolgantes não consegue acertar no cinema. E a cartilha foi seguida com boa publicidade, Jared Leto aparecendo o tempo todo na mídia e uma enorme expectativa foi criada em torno dos vilões que ganharam a chance de salvar o dia. Ou o mundo, não sei bem. A verdade é que a coisa toda não funcionou e mais uma vez pelos mesmos motivos. Roteiro é ruim e enredo é pobre. Talvez tenham feito festa demais antes do lançamento, mas a verdade é que posso até dizer que é um filme desnecessário para a franquia de heróis da DC Comics. É mais do mesmo ruim. Começa com as apresentações, e são muitas, aí aparece o problema, e é bobo e então os vilões são recrutados para ajudar o exercito do tio Sam e enfrentar uma bruxa que quer governar o mundo. Poxa, essa bobagem de personagem afetado com síndrome de megalomania já deu e não convence mais. O pior é que é tudo raso, estereotipado e as ações não tem sustentação. Atores como Will Smith, Margot Robbie, Viola Davis e Joel Kinnaman se esforçam mas são atrapalhados pela confusão de personagem e pelo roteiro raso. Jai Courtney é quem surpreende como Capitão Bumerangue e acredite, Jared Leto não conseguiu. A expectativa foi grande demais e o Sr. Coringa não disse bem a que veio. Só para registrar, o Ben Affleck como Batman não convence. Resumindo, o filme tem um roteiro de sessão da tarde mas com muita verba e atores queridinhos. Esbarra na trave ao apostar no enorme apelo popular e esquecendo do fundamental, uma boa história. Vale sim o ingresso, afinal vilões são sempre interessantes, mas saiba que não é engraçado, não é emocionante ou mesmo surpreendente. A indicação etária é para maiores de 12 anos.

A outra estreia desta semana é Vidas Partidas. O filme é um drama nacional que aborda a violência doméstica contra a mulher. 10 anos após o surgimento da Lei Maria da Penha, é lamentável que pouco evoluímos quanto a este problema. Claro que mudar a visão machista e sexista enraizada na sociedade leva tempo e requer muito esforço e trabalho e é sempre importante abordar o tema. Esta é a questão do filme e também o seu desafio. Digo isso, pois o tema precisa ser muito bem trabalhado ou vai ficar maior do que o enredo, do que os atores e de tudo mais e, o que poderia ter sido uma boa reflexão, ou mesmo ter relevância para a causa, acaba se transformando em um melodrama com cara de novela. O roteiro não aborda a visão feminina de fato, as personas interpretadas são rasas e tudo acaba sendo um pacotão mais preocupado com a questão do que com uma boa história. Faltou sensibilidade. Mas tem coisas boas sim. Algumas cenas são caprichadas e o ritmo é muito bom. Belo trabalho dos atores, principalmente do Domingos Montagner, da Naura Schneider, da Georgina Castro e das participações de Jonas Bloch e Denise Weinberg. O filme começa com o casal Graça e Raul ainda apaixonado e desenvolve o tema intensificando a violência que sempre esteve presente. Tudo acaba indo para o tribunal, que é sim um dos mecanismos para solucionar esse tipo de problema mas acabou virando um “filme de julgamento”. De qualquer forma é um assunto muito relevante e necessário e é importante que o cinema sempre aborde esse tema. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.
Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Stargate - A Chave Para o Futuro da Humanidade. Um filme cult de ficção científica que aborda alguns dos temas preferidos do gênero. Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?
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