Com estreia marcada e confirmada para 21 de junho, entra em cartaz antecipadamente por conta da Copa do Mundo, Jurassic World: Reino Ameaçado. Quando o espanhol Juan Antonio Bayona foi escalado para dirigir essa continuação do já esgotado, mas eterno "correndo dos dinossauros", muitos ficaram curiosos de como o diretor de Penny Dreadful, iria imprimir sua marca em uma franquia tão engessada. Desta vez os dinossauros estão ameaçados em uma ilha que está entrando em colapso. Uma extinção em pequena escala, só que desta vez o altruísmo do ser humano pode evitar. Claro que um jogo de interesses entra na trama e cabe aos heróis tentar salvar os animais. Chris Pratt esbanja carisma como sempre e Bryce Dallas Howard faz um pouco mais do que correr loucamente com seus saltos. Bons atores como James Cromwell, Toby Jones e Jeff Goldblum fazem apenas pontas e o restante do elenco, se prende em tipos bidimensionais ou canastrões como o Ted Levine fazendo o tipo de militar insensível e sem ética. Os efeitos visuais continuam sendo uma atração. Bayona consegue criar boas cenas de ação e trabalha a luz de forma muito eficiente. O bom ritmo também ajuda, são diversos momentos de tirar o fôlego. Muitas referências com o filme original de 1993 não funcionaram bem. O ideal teria sido olhar para frente, criar novos caminhos e até mesmo uma estética diferente. Com um enredo simplório, bons efeitos e cenas espetaculares, o novo Jurassic Park agrada mas nada soma. Boa diversão e os mais atentos, podem até reconhecer a mensagem sobre a exploração dos animais. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.

A outra estreia desta semana nos cinemas em Nova Friburgo é Do Jeito que Elas Querem. Esta é a típica comédia que reúne um elenco de peso, e que busca confrontar costumes e gerações. O enredo é sobre Quatro mulheres bem resolvidas profissionalmente que decidem montar um clube do livro e começam a questionar suas sexualidades e vidas amorosas após a leitura do livro Cinquenta Tons de Cinza. O ponto forte do filme são as ótimas e belas atrizes que se complementam, assim como os respectivos pretendentes. Diane Keaton, Jane Fonda, Candice Bergen e Mary Steenburgen formam o quarteto feminino, enquanto que Andy Garcia, Don Johnson, Richard Dreyfuss e Craid T. Nelson o masculino. Bill Holderman dirigiu, escreveu e produziu essa comédia dramática que debate um assunto delicado, principalmente para as mulheres. Poucos cineastas conseguem fazer isso bem e, apesar de não ser um filme ruim, Holderman usou atalhos e fez tudo muito fantasioso e quadrado. O roteiro cria situações exageradas ou sem qualquer ação impulsionadora, as personagens são estrategicamente complementares e estereotipadas e até mesmo as piadas, são mais do mesmo. O conflito de gerações e o debate sobre a sexualidade após uma determinada idade podiam ser melhor exploradas. O que salva são os atores que, mesmo sem boas interpretações, são sempre acima da média e juntos, constroem boas cenas. Vai agradar ao público pelas qualidades e pelo assunto tratado. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.

Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Quatro Histórias de Desejo. Diferentes diretores da Índia contam histórias sobre o amor e relacionamentos. Está disponível na Netflix.