Publicado 17/11/2018 15:11:34

Filmes da semana 16/11 até 2211

Estreia esta semana o aguardado Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald. Quando o ultimo filme das aventuras do jovem bruxo Harry Potter, As Relíquias da Morte: Parte 2 ganhou as telas, um gosto de quero mais ficou em todos os fãs e apreciadores do universo criado por J.K. Rowling. Claro que encerrava um ciclo, mas aquele não era o fim. Agora Rowlling assina o roteiro e entrega um novo período do mundo dos bruxos, na verdade, o passado, com novos personagens e alguns já conhecidos. Mesmo não sendo uma roteirista experiente, Rowlling consegue usar suas melhores qualidades e, apesar de problemas na linha narrativa, desenvolve uma trama de capítulos com muita destreza focando nas personagens, nas mensagens e na imaginação. Para quem não conhece o universo de Hogwards ou não gosta, fica complicado entender apesar de ser um filme belo e que agrada pela sua imponência. Destaque para o CGI e toda a produção de arte. A retratação da década de 20 impressiona pela fluidez e complexidade. A luz faz um meio termo entre o início da franquia de Harry Potter e a segunda parte mais sombria. O diretor David Yates é um veterano no universo dos bruxos e não só dirigiu os últimos 4 filmes da franquia de Potter, como está escalado para todos desta atual. Como se já não bastasse, o filme tem um elenco com atores consagrados, jovens e queridos como Eddie Redmayne, Dan Fogler, Jude Law, Johnny Depp, Alisson Sudol, Katherine Watersten, Ezra Miller, só para citar alguns. Ainda vale destacar os animais e a mensagem que eles carregam de preservação e respeito. É um filme grandioso que mantém a chama do universo lúdico e tão querido criado por Rowlling. É um presente para os fãs e toda uma geração que já está adulta, e que vai ter bons momentos com algo que as acompanhou por anos na infância. Vale muito o ingresso e a indicação etária é para maiores de 12 anos.

Outra estreia desta semana é O Parque do Inferno. Logo no inicio fica clara a proposta. Estamos diante do uma representação engessada do gênero que vai seguir um protocolo básico, jovens imaturos que serão alvos de um assassino. A questão é, como isso vai ser conduzido, e mais uma vez Gregory Plotkin mostra que sabe bem o que está fazendo. Com um currículo que incluem filmes como Corra, A Morte te Dá Parabéns, Marcados Pelo Mal, Atividade Paranormal 3, entre outros, Plotkin sabe como utilizar a narrativa para fazer os jogos e convenções que levam o terror a um nível além do susto fácil ou do sangue gratuito. O enredo é sobre uma festa em um parque com um tema de terror, e foca em um grupo de jovens que serão alvo de um psicopata mascarado. Tudo muito simples e com personagens caricatas, a narrativa ganha peso na segunda metade quando fica clara que algo está fora do controle. Esse ambiente de parque dos horrores sempre fez parte do imaginário e mostra-se também como um eterno campo para explorar o gênero terror. O elenco é inexpressivo e com pouco espaço para ir além do estereótipo. Plotkin utiliza muita luz saturada causando uma artificialidade proposital, assim como um jogo de máscaras interessante com a ótima cena no final que inverte o jogo próximo do desfecho. Plotkin utiliza soluções funcionais que brincam com o público e que resgata um pouco do terror dos anos 80. É um filme que pode aos poucos cair nas graças dos adolescentes e virar uma franquia, não será surpresa se em breve aparecer uma continuação. Vale sim o ingresso e a indicação etária é para maiores de 16 anos.

Por fim a última estreia desta semana é Entrevista com Deus. Importante deixar claro que trata-se de um filme cristão direcionado para seu público sem conseguir ir muito além disso. A proposta é bem simples. O enredo é sobre um casal que além de seus problemas pessoais, está procurando uma solução para um casamento desgastado. É quando surge uma entrevista com um homem que se apresenta como sendo Deus e coisas começam a acontecer. Vale destacar que toda a renda nas bilheterias vai ser doada para caridade o que reforça a proposta e acerta no apelo ao público. Brenton Thwaites se esforça mas ainda não consegue segurar as cenas de drama e o destaque é para o experiente David Strathairn que compõe uma personificação de Deus sem pompa, de forma firme mas suave. O roteiro sofre com incoerências e com o exagero da situação que não se revela tão ameaçadora. Entrevista com Deus é uma tentativa de arrebanhar que funciona mais para os cristãos, mas que tem méritos por olhar além apesar de ser limitado pela sua própria produção e roteiro. Vale sim o ingresso, até mesmo pela boa causa, e a indicação etária é livre para todas as idades.

Sugestão:
Para assistir em casa a dica desta semana vai para Elena. Petra Costa mescla imagens ao som de sua própria voz como narradora levando lirismo e sensibilidade às telas. Apesar de ser um filme com cara de cinema autoral, basta dizer que em quase uma hora e meia de projeção, provavelmente apenas uns 2 minutos possuem um diálogo convencional, é acessível a todos e de fácil entendimento.

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