O efeito da pandemia no cinema: bilheteria brasileira caiu 78% em 2020

Esta semana a Comscore divulgou um levantamento a pedido da Veja, que contabilizou os números da bilheteria em 2020, o que revelou o péssimo e já esperado resultado baixo no Brasil. A arrecadação caiu 78% se comparada a 2019, com R$ 40,2 milhões de ingressos vendidos registrando um faturamento de R$ 646,3 milhões. Em 2019 a bilheteria chegou próximo a R$ 3 bilhões com mais de 177 milhões de espectadores. A queda mundial ficou em 71% em 2020.
Em Hollywood a redução foi ainda maior com 81% de queda em relação ao ano anterior. Os Estúdios Disney conseguiram a maior arrecadação, U$ 1,26 bilhão, seguidos pela Sony e Warner.
Para entendermos esses números, basta lembrar que somente a animação da Frozen 2 de 2019, faturou sozinha U$ 1,5 bilhão.
Mesmo com a flexibilização das medidas restritivas, o ano de 2021 ainda vai ser muito difícil para o setor. A vacinação pode demorar, e o público ainda vai resistir. A quebradeira só não aconteceu graças ao financiamento do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual) que socorreu a grande maioria dos cinemas no Brasil.
Sem estreias Mulher-Maravilha 1984 segue liderando as bilheterias desde o seu lançamento. A dica da semana para quem vai ficar em casa vai para Talaash (Um Detetive Ocupado). O filme é um thriller policial indiano fora dos padrões de Bollywood. Os maiores acertos desta produção estão no roteiro, que constrói a narrativa pelos diálogos e no ritmo crescente para um desfecho surpreendente. Posso afirmar que é um dos dez melhores filmes de investigação no catálogo da Netflix.
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