Publicado 21/03/2021 14:24:06

Oscar 2021: saiba mais sobre os indicados a melhor filme

Os 7 de Chicago

Com a bandeira laranja anunciada pela prefeitura para o período de 22 a 26 de março, os cinemas permanecem fechados. A situação nos hospitais e centros de atendimento estão com suas capacidades ao máximo e o país todo beira a um colapso no sistema de saúde. Claro que o SUS e toda a rede hospitalar vem enfrentando há muitos anos problemas devido a má gestão pública. A bomba estourou por conta do COVID 19 e a massiva politicagem que tomou conta dos governantes, assim como dos veículos de comunicação.

Uma notícia importante é que esta semana o Supremo Tribunal Federal decidiu por 10 votos a 1, ser válida a chamada "cota de tela" que obriga ter uma quantidade mínima de produções nacionais a serem exibidas nos cinemas. Independente das opiniões, essa é uma ótima noticia para o cinema brasileiro e a cultura do nosso país. É importante que nos identifiquemos e nos reconheçamos através da linguagem audiovisual para assim, fortalecer nossa visão socioeconômica e evoluir como nação.

Saiu esta semana o anúncio da lista dos indicados ao Oscar 2021. Sem surpresas, os destaques ficaram por conta de: Os 7 de Chicago, Mank, A Voz Suprema do Blues e O Som do Silêncio. Resta saber como vai ser a adaptação do prestigiado evento em plena pandemia que, pelo que tudo indica, vai acontecer no dia 25 de abril de 2021. Segundo divulgação recente, a cerimônia vai sim ocorrer presencialmente, mas em dois lugares ao mesmo tempo, tanto no Dolby Theater, local tradicional onde já acontecem as premiações desde 2002, como também na Los Angeles Union Station. O fato é que vamos ver uma grande mudança por conta da pandemia, principalmente na forma de como os filmes são escolhidos e votados. A tendência é que produções de menor orçamento, consigam mais destaque.

Documentário O Sal da Terra

Uma tendência muito bem-vinda que está ganhando destaque, é o crescimento de visibilidade que os documentários vem recebendo. Esse é um resultado impulsionado por conta da pandemia, o que agilizou a expansão das plataformas de streaming e por conta da qualidade e diversidade de temas, o gênero ganhou destaque. Atualmente, uma boa história, um bom roteiro e uma câmera na mão já podem render bons resultados. Esse é um segmento que ainda tem muito a ser explorado, com múltiplas linguagens e o principal, nos apresenta realidades distintas e muitas vezes, mais próximas do que imaginamos. Essa semana as dicas vão para 3 documentários que buscam o debate e nos estimulam a seguir em frente, fortalecendo nossa luta e capacidade de superação. Disponíveis no catálogo da Netflix, as dicas são:

- Crip Camp: Revolução pela Inclusão
Com as presenças de Michelle e Barack Obama como produtores executivos, o documentário relata uma experiência feita na década de 70, momento de grande mobilização por direitos e formas de inclusão social, em que se reuniu em um acampamento pessoas com deficiências de várias naturezas. É um filme que fala basicamente da busca pela felicidade e aceitação. Indicado e premiado em diversos festivais, esse é um daqueles títulos que ficam escondidos no catálogo da Netflix. É uma bela obra para inspirar e emocionar.

- O Sal da Terra
Esse documentário é basicamente Win Wenders dirigindo uma obra sobre Sebastião Salgado. Duas figuras sublimes fazendo arte no mais alto nível. É uma imersão ao universo do fotógrafo, principalmente da sua obra Genesis, que nada mais é do que uma grande homenagem ao planeta Terra. Forte, emocionante e inspirador, o documentários imprime diversas realidades que nos conduzem a uma reflexão legítima da condição humana e de como estamos lidando com os desafios globais. É um filme essencial para todos.

- Carta para Além dos Muros
Reconhecida em 1981, no Estados Unidos, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) completa 40 anos. Muitos tempo se passou, hoje já possui tratamento eficiente capaz de controlar a doença, mas quais as lições que podemos aprender e como foi a evolução de uma epidemia que foi vista com tanto preconceito e exclusão? O documentário de André Canto, busca através de depoimentos, narrativas e matérias jornalísticas, traçar um paralelo desde o surto nos anos 80 e todos os estigmas que acompanharam a doença, até os tempos atuais. Com presenças marcantes de Herbert de Souza, Drauzio Varella, Lucinha Araújo e muitos outros, o documentário deixa claro, a necessidade de que precisamos evoluir muito e nos convida a um diálogo maduro e necessário.

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